5 de novembro de 2009

Entrevista com Miyavi no J-rock Revolution

Desde a última vez que nós conversamos com você em Las Vegas, existe mais alguma missão secreta que você precisa cumprir?
Miyavi: Missão secreta? Ah, não.

Você planeja alguma outra missão secreta? Ou isso também é um segredo?
Miyavi: Sim, terão mais algumas missões, mas isso é secreto até agora.

Você sempre tem acessórios de turnê interessantes, como os “miyavi-cans” e saias “MYVSRocks”. Você está diretamente envolvido com as idéias de suas promoções, marketing, ou você tem uma equipe que faz isso por você?
Miyavi: São todas idéias minhas. É.

Você faz parte da cena visual já há algum tempo, quais são as maiores mudanças que você vem notando nas novas bandas de Visual Kei?
Miyavi: As mudanças de estilo e de atitude na cena musical é constante, mas não é algo que acontece muito rápido. Há algum tempo atrás a música era mais pesada, hoje em dia não é tanto. Mas agora a cultura japonesa vem conquistando mais espaço, sendo espalhada por todo o mundo. Eu estou orgulhoso de ser um artista japonês.

Há alguns meses atrás você tocou um pequeno show num clube de Las Vegas. Em relação a esse show, qual foi seu momento preferido dele?
Miyavi: Lá tinha muita gente diferente, de muitos caminhos e estilos diferentes, a maioria era do meio hip-hop e alguns eram até astros da NBA, e as pessoas estavam celebrando o ano novo chinês, mas meus fãs também estavam lá. Eu estava bastante excitado e feliz de ver meus fãs.

Você estava apreensivo por causa da faixa etária da casa de show ser de 21 anos?
Miyavi: Sim, com certeza, mas era um clube noturno, então não tinha o que fazer para mudar a situação, nós não tivemos escolha. Mesmo assim, eu fico bastante orgulhoso de tocar em qualquer lugar.

Você sente que foi recebido de um modo diferente pelo público dos Estados Unidos, comparando ao jeito que você é recebido no Japão?
Miyavi: Tudo é igual, o mesmo nível de energia, os fãs são iguais. Contudo, eu estava muito ansioso por estar tocando nos Estados Unidos, já que os fãs ultimamente vêm gostando mais ainda de coisas da tradicionais do Japão, como animes, moda e Visual Kei. Foi por isso que eu estava tão excitado, existia tanto entusiasmo por causa da cultura japonesa.

O que você espera desse show no festival JRock Revolution? Você espera aumentar sua presença nos Estados Unidos ou você só está aqui para se divertir?
Miyavi: Eu estou aqui pelos meus fãs, somente por eles. Eu vou tocar em qualquer lugar, em qualquer hora, eu tocarei para os meus fãs. E é por causa disso que eu estou aqui na América.

O que os fãs americanos podem fazer para lhe dar confiança de fazer uma turnê aqui?
Miyavi: Aqui, na América? Uma turnê de colaborações ou minha própria turnê?
Sua própria turnê.
Miyavi: Fan mail (e-mails de fãs). Muitos fan mails. Eu estou constantemente lendo todos os e-mails que recebo de fãs fora do Japão, até mesmo quando é difícil de ler.
Por um acaso, isso o ajuda com seu inglês?
Miyavi: Claro, realmente ajuda. Me ajuda a aprender melhor.

Como você conheceu os artistas com quem você tocou durante os seus 5 dias em Tóquio no ano passado?
Miyavi: Por coincidência. Todos são de meios diferentes: hip-hop, dança, tambor tradicional japonês, beat box, um DJ e um baterista.

Você queria fazer uma apresentação desse tipo antes e então conheceu esses artistas ou você decidiu fazer o show depois de conhecê-los?
Miyavi: Não, antes eu os conheci. Eu estava tentando contatá-los, foi bem complicado. Ás vezes eu fui pra algum clube e tentava achar alguém especial, outras vezes eu toquei nas ruas. De qualquer forma, eles viriam junto de mim e nós iríamos ensaiar, eu os conheceria desse jeito.

Em julho você lançará um mini-álbum com regravações de algumas de suas músicas antigas. Como você escolheu essas músicas?
Miyavi: Eu escolhi as músicas que imaginei que deixariam meus fãs felizes. Meu estilo musical mudou. A essência de casa música continua a mesma, mas o estilo mudou. Eu estou sempre mudando, é uma parte da minha vida, meu estilo de vida. “Seja positivo, não negativo”, “Não hesite e faça”, esse tipo de coisa. Eu até posso sentir isso agora. Por fim, eu quero fazer com que meus fãs fiquem felizes.

Recentemente, no seu blog, você disse que você quer “gritar no fundo” em uma banda de novo. Que outros aspectos de estar em uma banda, ao contrário de um artista solo, você gosta?
Miyavi: Eu gosto do conjunto. Você recebe um sentimento de grupo dos outros membros, existe uma química entre eles. Ah, eu também me sinto só. Como um artista solo eu não preciso recorrer a outras pessoas mas, honestamente, eu sou uma pessoa solitária, e é por causa disso que eu gosto de estar numa banda.

Você acha que, estando em uma banda, há menos pressão em cima de você, já que as decisões não podem ser tomadas somente por você? Ou você acha que isso causa mais pressão ainda, já que você precisa conhecer as expectativas de mais pessoas ao invés de fazer música que só agrada a você mesmo?
Miyavi: Isso é complicado. Um pouco de ambas as coisas, existem coisas ruins e boas a esse respeito. Em uma banda existe responsabilidades para cada pessoa, mas também existe a química.

Muitos de seus fãs têm medo que você pare de trabalhar na sua carreira solo se você entrar em uma banda. Você pode nos dizer se existem planos para o futuro, a respeito de seus trabalhos solo?
Miyavi: O que eu posso dizer agora é que eu vou fazer um novo estilo. Eu prometo. Eu sou um guitarrita e estou sempre adquirindo novos estilos: hip-hop, funk, jazz, rock e punk – eu quero fazer um novo estilo, juntando todos esses. Nesse verão eu vou fazer uma turnê que passará pela Alemanha e pela Coréia. Depois dela eu lançarei um novo single, com um novo som. É o Neo Visualism.

O que os fãs podem esperar da turnê Neo Visualism, terá alguma mudança brusca?
Miyavi: Não uma grande mudança, mas eu misturei meu estilo. Eu sempre fui um artista de rock, mas eu misturei rock, pop, e muitos outros estilos para criar algo novo.

Somente para diversão, se fosse controlasse a PS Company, para que palavras seriam usadas as iniciais?
Miyavi: Perfect Special Culture (Cultura Especial Perfeita)

Você tem alguma última mensagem para seus fãs americanos?
Miyavi: Eu vim aqui para tocar rock para todos vocês. Eu sou um artista visual e quero expressar meus sentimentos através da música. Meu estilo de vida é melhor descrito como “Kabuki”. “Kabuki” é uma cultura japonesa, uma vida artística com humor. A indústria visual está ficando cada vez maior no mundo, mas eu quero fazer um estilo novo, meu próprio estilo. Não tem sentido repetir a mesma coisa várias vezes, é por causa disso que eu quero fazer um novo estilo, uma nova visão, e eu chamo isso de “neo visual”. Eu quero ir para a América e para qualquer lugar do mundo para detonar. Por favor, escutem minha música e esperem até eu chegar perto de todos vocês.


*Créditos a Jame, que foi quem entrevistou o fofo *-*

Nenhum comentário:

Postar um comentário